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OAB/MS e TJ trocam farpas em caso de homicídio qualificado por agente rodoviário Federal
Por meio de uma série de “notas de esclarecimento” e “notas de repúdio”, no Estado do MS o novo ano começou tenso: a seccional da OAB e o TJ trocam farpas há quatro dias com opiniões distintas acerca de uma decisão judicial.A decisão foi proferida em caso no qual um policial rodoviário federal foi indiciado por atirar em um empresário no dia 31/12, que veio a falecer. O juiz José de Andrade Neto concedeu liberdade provisória ao agente.
Insatisfação
Por causa da decisão, a OAB/MS afirmou que acionaria o CNJ: “A sociedade espera do Poder Judiciário posições mais firmes aos atos de barbárie que vivenciamos e a OAB/MS irá recorrer aos demais órgãos de controle externo para que a justiça seja feita.”
Então, a AMAMSUL – Associação dos Magistrados de Mato Grosso do Sul reafirmou a independência do magistrado e criticou as notas emitidas que “não colaboram, em nada, para o bom relacionamento ente OAB e magistratura, insuflando a população contra o Poder Judiciário, em um ato midiático e desprovido de critérios técnicos que deveriam nortear qualquer manifestação dessa entidade indispensável à administração da Justiça”
A Ordem divulgou sua tréplica em nova nota de esclarecimento, e chegou a vez do presidente do TJ/MS entrar na história: o desembargador João Maria Lós disse que “descabe” à seccional fiscalizar atos jurisdicionais:
“Entristece, especialmente, o fato de o Presidente da entidade vangloriar-se de que fora a entidade a responsável pela mudança de entendimento do ilustre e culto Magistrado, desconsiderando os mais comezinhos princípios de atividade jurisdicional.”
Lós falou também em “interesse de projeção pessoal” perante a classe e a sociedade ao criticar os atos de Mansour Karmouche, presidente da OAB/MS.
Por sua vez, Karmouche falou em “estranheza” e “decepção” com a nota do presidente João Maria Lós, sustentando:
“As ações da instituição são pautadas pela impessoalidade, não havendo busca por holofotes num caso de evidente flagrante de descumprimento legal que suscitou ampla repercussão social e grave violação à ordem pública.”
O presidente da seccional celebrou a “grandeza” do juiz, que alterou a decisão de liberdade provisória, “tomada no calor dos acontecimentos”, e determinou a prisão preventiva do agente rodoviário e completou: “não há como deixar de observar que, ao presidente do TJ/MS, não cabe estimular a exacerbação de uma injustiça por causa de interesses corporativos”.Por meio de uma série de “notas de esclarecimento” e “notas de repúdio”, no Estado do MS o novo ano começou tenso: a seccional da OAB e o TJ trocam farpas há quatro dias com opiniões distintas acerca de uma decisão judicial.
A decisão foi proferida em caso no qual um policial rodoviário federal foi indiciado por atirar em um empresário no dia 31/12, que veio a falecer. O juiz José de Andrade Neto concedeu liberdade provisória ao agente.
Insatisfação
Por causa da decisão, a OAB/MS afirmou que acionaria o CNJ: “A sociedade espera do Poder Judiciário posições mais firmes aos atos de barbárie que vivenciamos e a OAB/MS irá recorrer aos demais órgãos de controle externo para que a justiça seja feita.”
Então, a AMAMSUL – Associação dos Magistrados de Mato Grosso do Sul reafirmou a independência do magistrado e criticou as notas emitidas que “não colaboram, em nada, para o bom relacionamento ente OAB e magistratura, insuflando a população contra o Poder Judiciário, em um ato midiático e desprovido de critérios técnicos que deveriam nortear qualquer manifestação dessa entidade indispensável à administração da Justiça”
A Ordem divulgou sua tréplica em nova nota de esclarecimento, e chegou a vez do presidente do TJ/MS entrar na história: o desembargador João Maria Lós disse que “descabe” à seccional fiscalizar atos jurisdicionais:
“Entristece, especialmente, o fato de o Presidente da entidade vangloriar-se de que fora a entidade a responsável pela mudança de entendimento do ilustre e culto Magistrado, desconsiderando os mais comezinhos princípios de atividade jurisdicional.”
Lós falou também em “interesse de projeção pessoal” perante a classe e a sociedade ao criticar os atos de Mansour Karmouche, presidente da OAB/MS.
Por sua vez, Karmouche falou em “estranheza” e “decepção” com a nota do presidente João Maria Lós, sustentando:
“As ações da instituição são pautadas pela impessoalidade, não havendo busca por holofotes num caso de evidente flagrante de descumprimento legal que suscitou ampla repercussão social e grave violação à ordem pública.”
O presidente da seccional celebrou a “grandeza” do juiz, que alterou a decisão de liberdade provisória, “tomada no calor dos acontecimentos”, e determinou a prisão preventiva do agente rodoviário e completou: “não há como deixar de observar que, ao presidente do TJ/MS, não cabe estimular a exacerbação de uma injustiça por causa de interesses corporativos”.